ANA DIAS BATISTA

Exaustores enterrados, 2021

No teto do galpão havia cinco exaustores industriais: dois eólicos e três a motor, acoplados a chaminés de fibra de vidro. Foram cavadas valas no piso, projetando, em planta, a posição que cada peça ocupava no telhado. A profundidade foi dada pela distância entre o topo das peças e a base da tesoura do telhado. Os exaustores foram posicionados de ponta-cabeça, espelhados, respeitando os ângulos e alinhamentos originais. A terra foi devolvida às valas e travou os exaustores. O trabalho foi executado pelos mesmos pedreiros que reformaram o espaço, e a superfície recebeu o mesmo acabamento do piso original. O galpão abrigou uma gráfica e uma confecção, e está sendo adaptado para sediar um pequeno teatro. Os exaustores permanecerão sob os seus usos futuros.


"Dizer Não", Ateliê 397, São Paulo. Curadoria de Thais Rivitti, Edu Marin, Erica Burini, Adriana Rodrigues